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Nintendo encerra vendas no Brasil

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Nessa sexta-feira (09), a Nintendo anunciou a suspensão das operações de distribuição de jogos e consoles no Brasil. O processo de distribuição efetuado pela Gaming do Brasil não vinha apresentando grandes lucros para a companhia.

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Bill van Zyll, diretor e gerente geral para a América Latina da Nintendo of America disse que o encerramento da parceria com distribuidores brasileiros se deu, principalmente, por “desafios no ambiente local de negócios” que tornaram o Brasil um lugar difícil para o modelo de distribuição da empresa.

“Estes desafios incluem as altas tarifas sobre importação que se aplicam ao nosso setor e a nossa decisão de não ter uma operação de fabricação local. Trabalhando junto com a Juegos de Video Latinoamérica, iremos monitorar a evolução do ambiente de negócios e avaliar a melhor maneira de servir nossos fãs brasileiros no futuro”, declarou.

Em meados de 2013, Reggie Fills-Aime, presidente da divisão americana da Nintendo, abriu ao público suas expectativas para com o mercado brasileiro, declarando que o país apresentava “grande potencial” para receber uma filial da empresa, mas não teria capacidade técnica para produzir os sistemas da marca.

Em 2011, uma mudança de estratégia fez com que os preços dos portáteis da Nintendo no mercado global diminuíssem consideravelmente, tendo refletido, por exemplo, numa redução de 33% no valor do Nintendo 3DS no Brasil. Porém, devido às altas taxas de importação, os consoles e jogos da Nintendo tiveram baixas vendas brasileiras. Fazendo com que o mercado nacional só recebesse o Wii U, lançado oficialmente em novembro de 2012, um ano depois, em novembro de 2013.

Desde 2011, a Nintendo vem passando por uma crise fiscal intensa – a qual aumentou em 2014, fechando o ano fiscal de 2013 com um prejuízo operacional de US$ 457 milhões.

Apesar de não mais atender o mercado brasileiro, a Juegos de Video Latinoamerica ainda é a distribuidora oficial da companhia na America Latina. Contudo, Bernard Josephs, CEO da JVL, garante que sua empresa continuará monitorando o Brasil e avaliando “futuras oportunidades”.

Fonte: Tecnoblog

Imagens: Divulgação

Edição: Eduardo Janibelli