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Entrevista: Marcelo Tavares fala sobre BGC e cenário do eSport no Brasil

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Em conversa exclusiva com o TecMundo e o TecMundo Games, o chefão da BGS contou como a história do maior evento de games da América Latina deu origem à Brasil Game Cup

Recentemente, tivemos a oportunidade de conversar com Marcelo Tavares, CEO e idealizador da Brasil Game Show, a respeito de uma de suas crias mais recentes e promissoras: a Brasil Game Cup. A versão “spin-off” da feira foi anunciada oficialmente no final do ano passado, praticamente no encerramento da BGS 2016, e apresentou uma ideia bem clara: oferecer três dias de entretenimento e celebração do eSport. A grande mudança? Sai de cena São Paulo e entra o Rio de Janeiro como palco da festa.

Falando sobre como surgiu a ideia de criar um evento centrado especificamente no esporte eletrônico, o executivo explicou que, além de ele e muitos membros da organização serem próximos do tema, muito do impulso necessário para que isso saísse efetivamente do papel veio da demanda do público da BGS. “Muitos dos visitantes pediam por um lado mais competitivo, por uma grande competição dentro da feira. E aí esse mercado foi crescendo e resolvemos tomar uma atitude”, comentou.

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                                                                                  Marcelo Tavares

Claro que o desenvolvimento disso não ocorreu do dia para a noite. Para testar as águas, Tavares e sua equipe plantaram uma semente desse projeto há cerca de seis anos ao criar miniedições da BGC dentro da própria Brasil Game Show. Depois de um pequeno hiato nesse tipo de iniciativa, a BGS 2016 trouxe uma versão renovada dessa Brasil Game Cup em miniatura, oferecendo mais modalidades, partidas de exibição para novos jogos e uma agenda mais rica ao longo da programação do evento. O resultado disso? Sinal verde para o voo solo.

Nesse momento, entrou em cena outro fator que já era considerado há tempos: atender aos gamers cariocas. “Decidimos criar um evento à parte e independente, até para poder atender a uma outra demanda que a gente tinha, que é do público do Rio, onde a feira começou e onde está nossa sede e nosso estúdio”, recorda Tavares. Como dá para ver, houve um direcionamento natural para que uma vontade inicial tomasse forma e acabasse viabilizando a realização de um verdadeiro spin-off da maior feira de games da América Latina.

Indo (muito) além do básico

A ideia é que haja outras atrações além das competições

O chefão da BGS também entende que essa primeira edição independente da BGC tem grandes diferenciais quando comparada a outros eventos de eSport realizados no Brasil e até fora do país. “Ela traz muitos elementos que a gente já apresenta dentro da Brasil Game Show. Então a ideia é que haja outras atrações além das competições. O visitante não pode ser refém apenas da programação de jogos e ficar sem nada para fazer quando não estiver sentado e assistindo às disputas”, analisa.

A estratégia adotada para contornar esse problema recorrente do meio, segundo Tavares, foi trazer um conjunto de atrações que vai ocupar três andares – um deles parcialmente – do Centro de Convenções SulAmérica, oferecendo outras atividades e momentos ao longo do final de semana. “Muitas vezes, até mesmo o público aficionado pelos campeonatos não quer passar um dia inteiro só assistindo às disputas. Ele não quer ser apenas espectador, quer também interagir. A própria essência dos games é essa possibilidade de interação”, dispara.

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                                                                      Cosplayers terão lugar na BGC

Para ele, a ideia é que a Brasil Game Cup seja ao mesmo tempo um grande evento com palcos, jogos, times e jogadores profissionais participando, e um ponto de encontro recheado de estandes, cosplayers, áreas indie e até estações de jogatina feitas sob medida para que o consumidor possa experimentar um pouco dos títulos em exibição nos telões. Espaços reservados para que os visitantes possam encontrar seus atletas e streamers favoritos também devem ajudar a tornar o clima ainda mais receptivo para quem resolver participar da festa.

Queremos criar um evento engajador

Adicionalmente, palestras, game jams, lojas repletas de produtos geeks e até a coleção de cerca de 350 consoles e mais de 3 mil jogos de Marcelo Tavares devem marcar presença por lá. “Queremos criar um evento engajador, bastante confortável e que ofereça o mesmo padrão da BGS – guardadas as devidas proporções, claro”, comenta o executivo. No final das contas, a BGC fica com a responsabilidade tanto de reproduzir parte do charme da BGS na Cidade Maravilhosa quanto de apresentar uma celebração singular do eSport no Brasil.

O Brasil na mira do eSport

Durante o nosso bate-papo, o “big boss” da BGS, Marcelo Tavares, também falou um pouco de como ele enxerga o atual cenário do eSport, tanto do ponto de vista de negócios quanto a respeito do seu amadurecimento como um todo. Para ele, estamos em um ponto bem interessante da curva de crescimento do esporte eletrônico. Isso porque, enquanto lá fora o setor explodiu e ganhou espaço rapidamente, mas parece se estagnar um pouco no momento, no Brasil a história é completamente diferente.

“Eu diria que a gente ainda não atingiu o patamar do mercado internacional, principalmente o asiático, o europeu e o norte-americano, o que mostra que ainda temos muito espaço para crescer”, explica. Felizmente, para Tavares, o ambiente não poderia ser mais favorável para essa expansão. O surgimento de cada vez mais títulos com modo competitivo – até no mobile –, a presença mais ativa das publishers por aqui e uma ampliação das comunidades adeptas do eSport como um todo, por exemplo, são sinais positivos para novas empreitadas.

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                            O eSport tem conquistado até empresas de fora do mercado gamer

Além disso, o executivo lembra que o segmento tem conquistado tamanha atratividade que começa até a chamar atenção de empresas que estão fora do ecossistema de jogos, hardware e video games. “Marcas como a TNT e o Cinemark, que não dialogam diretamente com esse universo do eSport, resolveram investir no mercado de games e viram a Brasil Game Cup como uma oportunidade de se aproximar de um público-alvo que também é do seu interesse: jovem, consumidor e em busca de um conteúdo de qualidade”, lembra Tavares.

Aos olhos dele, a adesão inicial de companhias como essas e a credibilidade obtida ao longo de quase uma década de BGS acabam criando o terreno ideal para que outros nomes da indústria e expositores queiram participar do evento e abraçar o esporte eletrônico – sabendo que podem esperar um bom retorno com isso. Se esse efeito dominó de investimentos e resultados render bons números, a ideia é que nos próximos anos a BGC possa crescer e oferecer um conteúdo ainda maior e melhor para o público.

Serviço

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                                                                                            BGC

A Brasil Game Cup está agendada para ocorrer entre os dias 7 e 9 de abril, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro. Para conferir detalhes sobre atrações, programação e ingressos, basta visitar o site oficial da feira neste link. Você também pode ficar por dentro de todas as notícias e novidades a respeito do evento por aqui, nas páginas do TecMundo e do TecMundo Games.

E aí, pretende respirar o eSport durante três dias na capital carioca? Qual é o seu game favorito nesse cenário competitivo? Concorda com Marcelo Tavares a respeito de que um encontro do segmento precisa ter mais do que rodadas e mais rodadas de partidas? Deixe a sua opinião sobre o tema mais abaixo, na seção de comentários.
Source: Tecmundo

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