Início K-Pop BILLBOARD: Os 10 melhores álbuns de K-Pop de 2015

BILLBOARD: Os 10 melhores álbuns de K-Pop de 2015

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Muitos fãs argumentam o quão difícil é fazer uma seleção dos melhores discos lançados durante todo um ano, tendo em vista a quantidade de grupos e discos (álbuns completos, mini-álbuns e singles álbuns) que os mesmos lançam. Escolher diante de tantos álbuns aqueles que apresentam uma estrutura sólida em toda sua composição, desde a primeira faixa à última, não parece ser uma tarefa nada fácil. Entretanto, o ano de 2015 foi marcado por álbuns notoriamente impressionantes que nos faz “quebrar a cabeça” para decidir qual destes discos deve ser chamado de “O Melhor do Ano“.

Neste ano, o K-pop deixou um pouco de lado o fato de depender apenas de um grande single para emplacar um álbum e começou a criar grandes corpos de trabalho, fazendo com que não só uma faixa, mas todo o álbum apresente uma identidade e uma importância. Os próximos 10 álbuns a serem citados aqui não são apenas um conjunto de canções pegajosas, mas também podem ser considerados como uma afirmação artística.

10. Rise as God, TVXQ!

Enquanto os fãs de TVXQ! terão que esperar cerca de dois anos para escutar algo novo da dupla, devido ao alistamento dos integrantes no exército, TVXQ! deu alguns presentes aos seus fãs antes de sua “partida”. Rise As God inclui algumas das melhores produções do ano onde ambos os cantores, U-Know e Max, mostram seus estilos individuais em faixas solo, onde U-Know optou por um estilo funk em “Champagne” e Max mostrou seus poderosos vocais em uma canção EDM em “Rise As One”. Mas o mais importante é que as faixas onde eles cantam juntos no álbum enfatizam a personalidade e o carisma característicos da dupla e nos dá uma sensação maior de um “Até logo” do que de qualquer “Adeus”.

9. 17 Carat, Seventeen

Um dos melhores debuts masculinos do ano, o grupo Seventeen chegou com tudo, com um conjunto de variadas porém coesivas canções que mostram toda a promessa do grupo. Sua impressionante versatilidade se torna clara devido ao estilo swag apresentado em sua canção de estreia “Adore U”, na incomparável “Shining Diamond”, nas batidas hip-hop de “Ah Yeah” e “Jam” e no pop-rock “20”.

8. No.5, 2PM

Para um trabalho como o de um álbum se tornar excelente, é necessário que o artista saiba explorar bem a sua identidade e o 2PM demonstrou isto de uma forma excepcional com seu último álbum “No.5”. Neste álbum, o 2PM apresenta um arranjo de canções R&B , estilo bastante usado pelo grupo, entretanto, desta vez, utilizado aqui de uma forma mais sutil e sofisticada comparado aos antigos discos.

7. The Red, Red Velvet

O conceito por trás do grupo Red Velvet é divido por dois eixos: o pop e colorido “Red” de um lado e o obscuro e sensual “Velvet” do outro. Todavia, o álbum completo de estreia do grupo apresenta em grande parte o lado “Red”, sendo considerado um dos mais divertidos e experimentais álbuns pop de 2015. Sua vibrante canção-título: “Dumb Dumb” traz o funk-pop a um novo mundo bizarro enquanto outras canções como “Red Dress”, “Oh Boy” e “Cool World” apresentam em grande parte de sua composição estilos já consagrados (synth-pop, trap, 90’s house), criando assim um conjunto de faixas variadas, mas que se integram ao conceito do LP.

6. Chat-Sire, IU

Ao longo de toda a sua carreira, IU soube demonstrar de uma forma interessante como trazer os sons do passado e adaptá-los aos novos tempos, gerando resultados incríveis. O seu último disco, “Chat-Sire”, teve um grande foco nos estilos soul e disco, evidente na canção de maior destaque do álbum, “23”,  além das baladas sutis como “Knees” e a melódica “The Shower” que apresenta um divertido som funk.

5. Wondaland, MFBTY

Um álbum de hip-hop com caráter mundial, “Wondaland” mostra Tiger JK, Yoon Mirae e Bizzy (os quais formam o MFBTY) transcendendo todo cenário do rap coreano em um dos álbuns mais ambiciosos de hip-hop lançados neste ano. Canções como “Bang Diggy Bang Bang” representam de forma clara a missão do grupo de misturar os instrumentos tradicionais coreanos com as batidas impactantes, todas “coroadas” pelos velozes raps dos integrantes.

 4. The Most Beautiful Moment In Life, Pt. 2, BTS

A parte 2 do “The Most Beautiful Moment in Life” solidifica o espaço do BTS no cenário do K-Pop atual como uma banda que demonstra seu emocional e vai além do hip-hop usual. Isto é perceptivel através da canção-título do álbum, “Run”, onde eles provam que não tem medo de se arriscar ao utilizar tópicos que normalmente são evitados por grande parte dos artistas. “Whailen 52″ traz ao ouvinte as sensações de depressão e isolamento enquanto “Autumn Leaves” simboliza uma relação que morre lentamente – ambas as faixas usam metáforas fascinantes para enfatizar suas mensagens. Enquanto isso, as canções que abrem e fecham o disco, “Never Mind” e “House of Cards” mostram algumas das performances de rap mais apaixonantes do ano, onde o grupo traz “gritos de ajuda” enquanto tenta equilibrar as pressões de suas carreiras.

3. Basic, Brown Eyed Girls

Mesmo provando que são as artistas mais provocativas do K-Pop, o último álbum do Brown Eyed Girls, intitulado “Basic”, não muda o seu conceito usual de ser “sem gênero”, quebrando tabus. Todavia, “Basic” mostra o quarteto refinando seu papel na indústria fonográfica, trazendo um dos trabalhos mais sofisticados de toda sua carreira. Neste trabalho, o grupo se aventurou em estilos nunca antes usados por elas, como o disco, blues e o Latin-jazz, além de abordar alguns temas em suas músicas, cujos quais normalmente nenhum outro grupo como Brown Eyed Girls conseguiria abordar de uma forma sexy e com sucesso. Um exemplo a ser citado é a música “Warm Hole”, uma metáfora nada sutil que discute a masturbação feminina.

2. 4 Walls, f(x)

Conhecidas por criarem alguns dos melhores álbuns de K-Pop, f(x) não desapontou em nada com seu comeback tão aguardado de “4 Walls”. Mesmo com a saída de Sulli, o grupo mostra que não perdeu seu encanto ao trazer elementos consagrados de dance como o deep house presente na canção-título “4 Walls” e em outra canções como “Rude Love” e “Deja Vu”. Contudo, enquanto um gênero como o EDM poderia ter um péssimo rap por falta de personalidade, as meninas transformam o gênero ao adicionar harmonias arrepiantes e samples inesperados. A faixa que encerra o álbum, “When I’m Alone” (composta pela cantora Carly Rae Jepsen), mostra o grupo mergulhando de cabeça em um synth-pop temperamental para uma das mais belas composições já feitas, o que indica que há muito mais a ser visto sobre o futuro brilhante do grupo.

1.REBOOT, Wonder Girls

Muitos grupos de K-Pop baseiam-se na ideia de um “conceito”. Alguns grupos são criados com um conceito (uma girlgroup fofa, uma boyband de hip-hop, etc) e as amáveis Wonder Girls não são uma exceção, apresentando uma conceito retrô. Após um longo hiatos de aproximadamente dois anos, o grupo ressurgiu neste verão com uma nova formação (onde as integrantes originais Sunye e Sohee saíram, e a integrante também original SunMi retornou ao grupo) e um novo conceito (pop-rock anos 80 ao invés do vibrante pop usual). Sonoramente, os resultados foram super impressionantes ao ver que o carro-chefe do disco, “I Feel You” é apenas uma das melhores faixas do álbum. “Reboot” explora o dance-pop à la Madonna em faixas como “Baby Don’t Play” e “Candle” passando para um synth-rock dark com “One Black Night” e “Loved” e ainda traz toda a ginga dos primeiros anos do hip-hop com “Back”.
Mas o mais importante a ser relatado aqui é que o “Reboot” demonstra a importância de um conceito e o que acontece quando um grupo ou artista acredita neste conceito. Wonder Girls compôs e tocou instrumentos (!) em cada uma das faixas. Este é um tipo de dedicação ao seu conceito, como uma arte ou melhor, que faz com que o corpo de trabalho se enalteça em relação ao resto.

Como citado anteriormente aqui, este ano foi marcado com conjunto espetacular de discos de K-Pop, mas o melhor sempre vem quando o artista se entrega ao máximo a algo que o torna único.

Fonte: Billboard.

Imagens e vídeos: Divulgação.

Edição: Eduardo Janibelli